Dia 4: O que aprendemos com as amizades de Jesus

Durante seu ministério, Jesus nos deixou lições extraordinárias sobre a vida e o Reino. Ele escolheu com sabedoria os que o acompanhariam em seus dias da Terra e, a cada um deles, entregou um voto de confiança. Apesar dos pecados ou do passado, tudo estava zerado. Cada um dos companheiros e companheiras de Jesus era diferente, em trajetória e personalidade, e isso tornou a jornada e os ensinamentos ainda mais importantes.
Em João 15, ele aborda como podemos manter nossa amizade com ele e também com o Pai, permanecendo em sua palavra e florescendo como videiras. Como criação, devemos espelhar o amor do Criador e sua benevolência. Nos versículos 12 a 15, descobrimos o mandamento do Senhor para nós:
O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos.
Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno.
Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz.
Em vez disso, eu os tenho chamado amigos,
porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido.
João 15:12-15
Com essas palavras, Jesus lembra aos discípulos e a nós que Ele se revelou e continua fazendo isso até hoje, quando nos abrimos para Ele. E essa é uma das primeiras lições que as amizades dEle deixam para nós: Jesus se revelou aos seus amigos. Aqueles que andavam com Ele conheceram a Verdade, presenciaram milagres e tornaram-se testemunhas. Da mesma forma, esse é o nosso papel, nos revelarmos com vulnerabilidade àqueles que dividem a jornada, tendo o coração disposto para o aconselhamento ou repreensão.
Em segundo lugar, Jesus recebia o melhor de seus amigos, porque eles o amavam, respeitavam e reconheciam. Na Páscoa, Lázaro entregou sua atenção e companhia, Marta dedicou-se ao melhor alimento e à melhor arrumação da casa, e Maria derramou nardo puro aos pés de Jesus. No texto de João 15, Ele fala sobre dar a vida pelos seus amigos. Que possamos entregar o nosso melhor a eles, sem inveja, egoísmo ou mesquinharia.
Além disso, uma das lições mais lindas de Jesus foi sobre perdão, e isso deve ser refletido em nossos relacionamentos. Nosso coração é manso o suficiente para perdoar os amigos que nos ferem? Será que, no lugar de Jesus, aceitaríamos Pedro após ele ter nos negado? O perdão é um exercício diário e constante. O perdão de Jesus nos apresenta o caráter humilde do Senhor, que vê e acredita em nosso coração, como criador que conhece a criação.
E, por último, com as amizades de Jesus, aprendemos sobre confiança, que vinha do profundo conhecimento e respeito que nutriam uns pelos outros. Diante da “morte” do seu mestre, apesar do medo e da aflição, do anseio de proteção, o maior desafio dos discípulos era confiar no cumprimento das profecias e no direcionamento que Jesus deixou. Somente sob confiança eles se sentiram fortalecidos para, depois, comandar a igreja e seguir por anos compartilhando os ensinamentos que tinham aprendido.
Perês, que possamos aprender, dia após dia, como ser amigas de Jesus e daqueles que estão ao nosso lado. Temos inspiração de sobra! Você não precisa seguir a jornada sozinha. Sabemos que tantas vezes fomos feridas em relacionamentos, mas entreguemos o nosso coração para ser sarado e pronto para novas amizades.
É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a se levantar! E se dois dormirem juntos, vão manter-se aquecidos. Como, porém, manter-se aquecido sozinho? Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade (Eclesiastes 4:9-12).
Por Mariah Costa